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sábado, 24 de abril de 2010

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS...

Alice In Wonderland
Direção: Tim Burton
Roteiro: Linda Woolverton

SINOPSE(Sinopse do Cinemacomrapadura.com.br)

Diferente da história já conhecida, dessa vez Alice (Mia Wasikowska), ao 17 anos, vai a uma festa vitoriana e descobre que está prestes a ser pedida em casamento perante centenas de socialites. Ela então foge, seguindo um coelho branco, e vai parar no País das Maravilhas, um local que ela visitou há dez anos mas não se lembrava. A Walt Disney Studios afirmou que o longa-metragem irá se utilizar da mesma técnica que Robert Zemeckis aperfeiçoou no longa, “A Lenda de Beowulf” (captura de performance 3D). Inspirado no romance de Lewis Carroll, dirigido por Tim Burton (”Edward Mãos de Tesoura“) e com roteiro é assinado por Linda Woolverton (“O Rei Leão” e “A Bela e a Fera”).
(Retirado de:
http://www.animaforum.com.br/alice-no-pais-das-maravilhas-de-tim-burton/)

Ao assitir lembrei-me muito da primeira versão, mas confesso que essa está bem mais divertida e cheia de efeitos especiais. Adorei e recomendo para todas as idades. Espero que assitam e curtam também.
TRAILER

DIREITO DE SER CRIANÇA.







PEDAGOGIA DA AUTONOMIA


MINHA RESENHA

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à pratica educativa.São Paulo: Paz e Terra , 1996 (Coleção Leitura)

“Mudar é difícil, mas é possível.”
É o que defende Paulo Freire por uma Pedagogia da Autonomia, onde segundo ele não há ensino sem um mútuo aprendizado.
O autor introduz sua obra explicando as razões que o levaram a analisar a prática pedagógica do professor em relação à autonomia de ser e de saber do educando e inicia sua análise discutindo alguns saberes fundamentais à prática docente de educadores/as críticos ou progressistas. Um dos saberes mencionados por ele é: “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou sua construção” (pág. 22).
A prática não está apenas em receber informações e sim numa troca de experiências, onde haja aprendizado de ambas as partes.
Ensinar exige ir além da curiosidade comum, ousar nessa curiosidade, sem deixar de lado o ético e o estético. Respeito, ética, capacidade de viver e aprender com o diferente são obrigações que nós como educadores e como seres humanos devemos exercer.
Freire critica o ensino “bancário” dizendo que esse tipo de ensino “deforma a necessária criatividade do educando e do educador” (pág. 25).
Segundo ele um educador tem o dever de, na sua prática docente instigar a capacidade crítica do educando e uma de suas tarefas mais importantes é desenvolver nele e em si mesmo a rigorosidade metódica, ou seja, não ser meramente um transferidor de conteúdos, e sim indivíduos criadores, críticos, instigadores e persistentes. Não basta apenas ensinarmos os conteúdos, mas também temos que ensinar a pensar certo.
“O professor que realmente ensina, quer dizer, que trabalha os conteúdos no quadro da rigorosidade do pensar certo, nega, como falsa, a fórmula farisaica do “faça o que mando e não o que eu faço”. Quem pensa certo está cansado de saber que as palavras a que falta a corporeidade do exemplo pouco ou quase nada valem. Pensar certo é fazer certo.” (pág. 34)
Não dá para falar e querer mudar uma realidade se não há testemunho de seu discurso.
Ensinar para Freire requer ter consciência de que somos seres inacabados ou inconclusos, ou seja, é ter certeza de que fazemos parte de um processo inacabado, mesmo sendo seres humanos condicionados, pois sempre há a possibilidade de interferirmos na realidade a fim de modificá-la. Estamos sempre em um processo de transformação, em busca de novos conhecimentos e idéias.
“A consciência do mundo e a consciência de si como ser inacabado necessariamente inscrevem o ser consciente de sua inconclusão num permanente movimento de busca” (pág. 57).
E é nessa inconclusão do ser que se funda a educação, pois é a partir de nos conhecermos como seres inacabados que nos tornamos educáveis.
É nesse mesmo sentido de inconclusão que Paulo Freire nos fala, que é preciso aceitar os desafios do novo, como uma forma enriquecedora e inovadora e que temos que rejeitar qualquer tipo de discriminação seja de raça, classe social e que acima de tudo ensinar exige respeitar a autonomia do educando.
“O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem, mais precisamente a sua sintaxe e a sua prosódia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que ele se ponha em seu lugar ao mais tênue sinal de sua rebeldia legitima, tanto quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência” (pág.60).
Nós como educadores temos que respeitar as opiniões, as idéias e as curiosidades que nossos alunos trazem consigo, temos que incentivá-los a indagar, questionar, enfim torná-los críticos e formadores de opiniões, pois o educador não deve inibir ou dificultar a curiosidade dos alunos, muito pelo contrário, deve estimulá-la, pois dessa forma desenvolverá a sua própria curiosidade. E ela é fundamental para nossa imaginação, intuição, capacidade de comparar e transformar.
Ensinar exige o pensamento de que a mudança é possível. Para mudarmos, devemos ter a esperança de que podemos ensinar e produzir junto com os nossos alunos.
“É a partir deste saber fundamental: mudar é difícil, mas é possível, que vamos programar nossa ação político-pedagógica, não importa se o projeto com o qual nos comprometemos é de alfabetização de adultos oco de crianças, se de ação sanitária, se de evangelização, se de formação de mão-de-obra técnica.” (pág.79).
No capítulo final de Pedagogia da Autonomia o autor fala da “autoridade docente democrática” (pág. 91), onde o professor deve exercer sua autoridade em sala de aula, sem ser propriamente autoritário, tirando a liberdade de seus alunos. Relembra-se nesse momento da “ética” com a qual deve ser preservada a democracia com responsabilidade, pois estamos falando de uma relação entre seres-humanos.
“Me movo como educador porque, primeiro, me movo como gente.” (pág.94).
Freire fala ainda, que o professor cuja a opção é democrática e progressista não pode, faltando com a corporeidade ter uma prática autoritária e elitista.
Em sua prática humanista o autor lembra Marx quando se diz respeito aos interesses humanos, [...] “nos fizemos seres éticos e se abriu para nós a probabilidade de transgredir a ética, jamais poderia aceitar a transgressão como um direito mas como uma possibilidade. Possibilidade contra que devemos lutar e não diante da qual cruzar os braços.” (pág. 100)
Quanto a autonomia, Paulo Freire diz que é um processo de amadurecimento, que não ocorre derrepente.

O QUE É EDUCAÇÃO


MINHA RESENHA

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Educação. São Paulo: Brasiliense, 2006. (Coleção primeiros passos; 20)


O livro “O que é educação” é recomendado á todos aqueles que pensam na verdadeira essência do educar, seja individual ou comunitário.
O autor usa a história de uma carta que governantes dos Estados Unidos, Virgínia e Maryland enviaram a uma tribo de Índios das Seis Nações após um tratado de paz, pedindo que mandassem alguns jovens para estudar em suas escolas. Os índios por sua vez, recusam cordialmente o convite, dizendo que os métodos de educação deles são diferentes dos seus, e que depois de terem alguns de seus jovens estudado em escolas da América voltaram à comunidade totalmente ignorantes quanto a rotina da tribo. Mas também convidam alguns jovens americanos para aprenderem com eles, dizendo fazer deles verdadeiros homens.
Com isso, quer mostrar que em cada cultura existe, ou deve existir uma forma própria de Educação. Educar não se limita mais às quatro paredes da escola. O aprendizado pertence à comunidade e deve atender ás suas necessidades, mas não como um padrão pré-estabelecido.
Para Brandão, a educação atua sobre a vida e o crescimento da sociedade, tanto no “desenvolvimento de suas forças produtivas”, quanto no “desenvolvimento de seus valores culturais”.
Cada sociedade já vem com um modelo pronto de educação não dando aos educadores a oportunidade de ir além na arte de ensinar.
Assim como defende Lino de Macedo em Ensaios Pedagógicos:
“... Sei que não basta a consciência das influências da escola tal como ela está constituída. Para realizar uma escola em outras bases, é importante compreender as diferenças entre o que ela é e o queremos que ela se torne.”
Hoje a educação que faz parte desta sociedade injusta tem servido de classificação, assim como na Grécia o modelo de “adulto educado” é aquele de família nobre que em sua realidade tem apenas que se entregar aos estudos e á filosofia, enquanto os pobres aprendem a viver apenas trabalhando na agricultura.
Assim afirma o historiador, poeta e filósofo grego Xenofonte:
“Só os que podem criar os seus filhos para não fazerem nada é que os enviam à escola; os que não podem, não enviam.”
A educação grega não é voltada para a criança, e sim para aquilo que ela virá a se tornar, no caso espera-se que se torne um adulto perfeito.
Em Roma a educação começa dentro de casa com a família, enfatizando os valores e a moral, espera-se dessa criança que ela saiba conviver em sociedade, visando o bem-comum. Na educação romana o modelo ideal é o ancestral da família, depois o da comunidade.
Nossa cultura é baseada em leis, uma delas é:
“Art. 1º. O ensino de 1º e 2º graus tem por objetivo geral proporcionar ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realização, preparação para o trabalho e para o exercício consciente da cidadania”.
(Lei 5.692, de 11 de agosto de 1971).
Leis, como a citada a cima acabam sendo apenas teoria, e a educação ainda contínua longe de ser um direito de todos, e é por conta disso que o Brasil ainda se encontra entre os países com maior índice de analfabetismo. Nossa educação continua sendo de estrutura classista, pois só tem um ensino de qualidade uma minoria privilegiada.

A educação como forma de mudança é outro assunto presente na obra. Aliás, todo método de ensino e aprendizagem precisa ser reavaliado regularmente e atender ás necessidades de cada comunidade. Não dá mais para o professor ser apenas a autoridade na sala de aula, e o aluno um gravador que apenas reproduz aquilo que ouviu.

Para Brandão a escola entre quatro paredes é o espelho do mundo lá fora. O que faz total sentido, pois numa escola, onde o aluno é apenas um expectador, e as leis são ditadas sem que ele tenha se quer o direito de questioná-las, o cidadão que se quer formar é aquele que aceita a injustiça, não luta por seus ideais e que lá fora será mais uma vítima do sistema. Sistema este que planta justamente uma educação baseada apenas em seus interesses políticos.

A obra é fantástica, e deveria ser lida por todos os educadores que buscam uma maneira de inovar seus métodos de ensino e pensamento. É uma motivação para saber que não estamos sozinhos na luta por uma educação mais justa e ao alcance de todos.

O autor faz com que pensemos em assuntos que muitas vezes passam despercebidos, mas que são essenciais na educação, fazem a diferença.

Além disso, fazemos uma viagem na história da educação, podendo perceber que cada cultura, a seu modo exerce uma pedagogia adequada a seu tempo e realidade.

“Reinventar a educação” é a proposta que o autor traz, agora cabe a nós educadores da nova geração nos posicionar como verdadeiros mediadores de sonhos, e não mais como ditadores da realidade.

A resposta do que é educação não está na escola, está na vivência de uma prática docente que nasce de dentro para fora, e que se manifesta através das ações que realizamos em favor do outro.

Nossa responsabilidade como professores hoje, é plantar um ensino de qualidade, para a formação de homens justos, autônomos e capazes de reinventar uma nova sociedade, onde reine a justiça e a paz e que como frutos, colhamos não o reconhecimento por nossas obras, mas um futuro melhor para nossos filhos.

“... Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende.”

(João Guimarães Rosa/ Grande Sertão: Veredas)

ESTABELECENDO LIMITES


MINHA RESENHA

MACHADO, Patrícia Brum. Comportamento Infantil: Estabelecendo limites. Porto Alegre: Mediação, 2005 (Coleção Cadernos Educação Infantil)

Patrícia Brum introduz o livro com a teoria de Freud dizendo que o período de desenvolvimento psicossexual do ser humano vai dos 3 aos 6 anos de idade, sendo chamado por ele de estágio fálico.
De acordo com Freud, o acontecimento mais importante, durante o estágio fálico, é o chamado complexo de Édipo que ocorre tipicamente entre os quatro e cinco anos de idade, onde a menina concentra sua afetividade no pai, e o menino na mãe. As identificações com os pais emergem à medida que o complexo de Édipo é resolvido, e é necessário que haja repressão pois se não houver o Édipo não é resolvido. O que futuramente, pode resultar em uma sexualidade infantil, parcial e difusa.
Erik Erikson, também citado no livro, diz que em cada fase do ciclo vital, existe uma crise psicossocial associada ao crescimento orgânico na infância e as etapas de maturidade e envelhecimento na idade adulta; ou seja; existe uma necessidade de ajustamento às solicitações do ambiente
De acordo com Piaget a crianças passam por estágios que significam mudanças qualitativas. Dos 2 aos 6-7 anos (estágio-pré-operacional), se desenvolve a função simbólica, que ajuda a criança a assimilar situações que são difíceis ou não para ela. Neste período a criança tem um pensamento muito egocêntrico, e tende a achar que todas as pessoas pensam como ela, e que por isso seus pensamentos podem ser compreendidos
Para a autora o período pré-escolar é marcado por consideráveis mudanças, e o maior problema dos pais nessa fase, é a impossibilidade prática de acompanharem o processo evolutivo dos seus próprios filhos, pelo simples fato de não se adaptarem aos estilos de comportamento. E para Rosa (1991:76), “o resultado desta falta de adaptação por parte dos pais é que muitos procuram impor rígidos limites ao comportamento da criança, quando de fato ela já se encontra em uma fase bem mais avançada e , por conseguinte, merece outro tipo de pensamento mais condizente com seu estágio de desenvolvimento”. Ainda segundo Rosa (1991:89) “Além do negativismo, a criança dos 4 aos 6 anos apresentam um comportamento um tanto egoísta, possessivo e ciumento. Tais comportamentos muitas vezes aparecem sem um motivo aparente, porém fazem parte do desenvolvimento saudável de sua personalidade...”
Nesse período é fundamental a presença de bons exemplos, para que a criança possa imitar.
A autora cita quatro universos que segundo Schulman são, respectivamente, “a família e o lar”, onde começa a sua atitude com relação a si mesma, e com os outros e à vida em geral; “a escola”, onde se pretende que a criança trabalhe corretamente e que tenha um comportamento sociável; os “amigos”, com os quais a criança começa a aprender regras sociais e os modelos de comportamento imitando os adultos, influenciando o e sendo influenciada por outras crianças e por último o “mundo interior”, que é o mais importante e difícil para compreender. É o mundo de seus pensamentos, de seus medos, de suas esperanças, de suas atitudes e de ambições.
A atenção de pais e educadores deve se dar em relação à criança que não quer fazer amizades, àquela que tenta “comprar” amizades, à criança que gosta de se fazer de ridícula, para que as outras riam dela em vez de rirem junto com ela, e àquela criança que prefere brincar somente com pessoas mais velhas ou mais novas a brincar com as da sua idade.
A criança que vive num ambiente tenso e estimulante de agressividade, provavelmente será uma criança agressiva. Já as crianças que vivem num ambiente onde há passividade, submissão e cortesia impostas por regulamentos, a agressividade poderá ser considerada como uma conduta problemática.
Para a autora, assim como a restrição em excesso, a tolerância em excesso também é prejudicial, porque impede a criança de tomar consciência das limitações que a vida em sociedade lhe impõe, tornando-se um ser completamente egoísta e desagradável, angustiado, irritável e infeliz, pois seu querer vem sempre na frente do poder.
Adultos coerentes geram confiança nas crianças, crianças seguras costumam ser mais obedientes. Não é correto exigir obediência induzindo medo à criança, mas, sim, esclarecer aquilo que se espera dela nas atitudes ao comer, dormir, fazer atividades, recolher e cuidar de seus brinquedos.
O livro trata ainda de conflitos, que são de fato presentes, e merecem nossa atenção como a “inveja e o ciúme”, que são sentimentos presentes também em nós, adultos, e que indicam insegurança, então não devemos estimular competições e nem fazer comparações elogiando apenas um filho ou aluno, criticando os demais. A “birra e o choro”, tais crises geralmente são desencadeadas por exigências ou negativas feitas pelos pais e servem de recursos que a criança usa para intimidar seus pais e professores. A atitude-resposta dos adultos é que vai determinar a intensidade dessas crises. A “inquietação infantil”, que pode ser resultado da falta de espaço para mover-se e desenvolver suas potencialidades. “Agressividade”, que segundo a autora é inata, no entanto a ação das pessoas com as quais convive podem intensificá-la ou moderá-la, ou seja, a educação imprópria provoca o seu descontrole, não se devendo, assim, tratar a agressividade com agressão, sejam elas físicas ou morais, é preciso que a criança sinta-se acolhida, e não rejeitada. Essa agressividade pode ser resultado, também dos programas de televisão, jogos e filmes violentos, que estimulam, ou até agravam a agressividade.
A “mentira” de fantasia é bastante comum nesta fase, e não mentir para criança ainda é a melhor maneira de ela não mentir com tanta freqüência. Quando os pais e professores mentem, as crianças acabam não confiando neles e imitando-os. Para a autora é preciso procurar a causa dessas mentiras ao invés de castigarmos. Criar um clima de confiança, de segurança e oportunizar o uso de sua imaginação, o seu poder de criar, em atividades de inventar brincadeiras, contar histórias, escrever, desenhar, pintar, modelar, etc. Pois sua criatividade não deve ser travada.
A “curiosidade”, que também é muito presente nesta fase, e não devemos impedir a sua manifestação. Patrícia Brum diz que, é fundamental os pais e professores, saberem respeitar e estimular essa característica, ensinando a criança a respeitar os outros, estabelecendo certos limites.
Nos capítulos finais a autora ainda fala, do tempo da criança, de seus medos, da disciplina e dos castigos e do papel de pais e educadores ao estabelecer limites.
Ao ler esse livro, pude perceber a importância a e dimensão do assunto, pois é importante sabermos acolher a criança, de forma que ela se sinta que tem alguém com que pode contar, pois ela procura meios de expressar aquilo que está sentindo.
Muitas vezes, além de acolher, cuidar e educar as crianças, mostrando a elas que nem tudo convém temos que trabalhar com os pais de forma que também se sintam acolhidos e aptos a proteger seus filhos. Pois nessa prática, muitas vezes os papéis se confundem.
Até que ponto é minha tarefa como educador ensinar tais valores a essa criança?
Qual o meu papel enquanto docente?
Lembro-me então da teoria de Piaget. Segundo ele, o desenvolvimento da criança se dá por constantes situações de equilíbrio e desequilíbrio, e cabe a nós usar dos conflitos que a criança já traz para mostrar a ela, quem ela é levando-a a conhecer os seus limites e capacidades.
Por outro lado é importante reforçar que devemos respeito ao tempo da criança, pois seu processo de desenvolvimento e aprendizagem, não é lógico e exige paciência, compreensão, atenção, e principalmente segurança, pois quando a criança sente que é amada e está segura, ela entende que é boa e feliz, e, por conseguinte mostra-se tranquila, e não há motivo para fazer birra ou chamar atenção.
O importante é conviver em harmonia, em paz, respeito mútuo, em ambiente democrático, onde a criança sinta-se amada, segura e feliz.
Devemos tomar muito cuidado ao caracterizar um problema na criança, pois certos distúrbios emocionais na fase em que se encontram são normais.
É fundamental agirmos da mesma maneira que pedimos ou exigimos que a criança faça. A criança será obediente através do exemplo de suas referências, sejam elas quais for. O que me faz lembrar Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia no qual disse: “Quem pensa certo está cansado de saber que as palavras a que falta a corporeidade do exemplo pouco ou quase nada valem. Pensar certo é fazer certo.”
“Cada criança, cada idade, cada circunstância requer níveis diferentes de concessões e limitações...” (Souza, 1977:99)
Respondo então que o nosso papel não é limitar a criança, repreendendo suas perguntas, descobertas e curiosidades, e sim estabelecer limites, para que ela entenda que vivemos em um mundo, onde existem regras e leis que devem ser respeitadas. E desde já devemos mostrar a ela o seu papel, visando seu preparo para a vida em sociedade.

domingo, 11 de abril de 2010

Olá Amigos (as)

Desculpem pela minha falta de constância no blog, mas ando na correria. Afinal é ano de TCC, graças a Deus vou me formar e não vejo a hora disso acontecer. Mas vou fazer o possível para continuar compartilhando com vocês meus trabalhos e idéias.
Abraços